Passos:"A oposição emigra sempre que há que fazer contas"

Primeiro-ministro insistiu no Porto, perante meio milhar de militantes do PSD, na necessidade de Portugal apresentar excedentes orçamentais para poder pagar a dívida de forma sustentável.
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Pedro Passos Coelho defendeu a necessidade de Portugal ter excedentes orçamentais para os próximos anos como única solução para pagar a dívida de forma sustentável. "A sustentabilidade da dívida pública depende de ter excedentes orçamentais. Com défices de cinco por cento nem em 2040 voltaremos a ter um rácio de dívida de 60 por cento. Logo, há que reforçar o caminho que estamos a fazer. Mas sempre que há que fazer contas sobre isto, a oposição emigra... Tem necessidade de sair da conversa", referiu o primeiro-ministro na terça-feira à noite na sessão de encerramento das Quartas Jornadas de Consolidação, Crescimento e Coesão, iniciativa promovida pelo PSD na Alfândega do Porto que contou com a participação de cerca de meio milhar de militantes.

O primeiro-ministro defendeu que a estratégia do Governo está a dar resultados, através da criação de emprego e aumento do consumo, enquanto Portugal mantém equilíbrio na balança comercial e voltou a criticar a oposição por não contribuir para o debate da necessidade de baixar gradualmente o défice orçamental do Estado.

"O pensamento da oposição é: 'Ter excedente vai demorar muito tempo e dar muito trabalho... Então temos défices.' E depois voltamos a pedir ajuda externa, cortamos salários e pensões. Esta conversa tem de terminar. Enquanto não o fizermos Portugal será visto como um país subdesenvolvido, de risco e os juros serão caros. Isto não é ideológico. Devemos de ter contas certas sendo sociais-democratas, socialistas, populares... E convidar a oposição a regressar a este debate, sobretudo os que têm ambição de poder vir a governar no futuro", sublinhou Passos Coelho, antecipando que espera ter um "bom debate" no Parlamento com o PS sobre a reforma do IRS e a fiscalidade verde.

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